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... Se não aprendermos a rir das preocupações, não teremos nada de que rir quando formos velhos...

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Hilariante...

Quem já teve uma dor de barriga, sabe como é... esta é uma simples história e poderia ter acontecido contigo...


Aeroporto de Lisboa, 15h30m.


Tenho um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que

uma cagadela não aliviasse. Mas, atrasado para apanhar o autocarro que me

levaria para o aeroporto, do outro lado da cidade, de onde partiria o voo

para Estocolmo, resolvi segurar as pontas, afinal de contas, são só uns 15

minutos de viagem.


Ao chegar lá, tenho tempo de sobra para dar uma cagadela tranquilo. O avião

só sairia as 16h30m.


Entrei no autocarro, sem sanitários, senti a primeira contracção e tomei

consciência de que a minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um

parto de cócoras assim que entrasse no W.C. do aeroporto.


Virei-me para o meu amigo que me acompanhava e, subtilmente, disse-lhe:

- Fogo, mal posso esperar para chegar ao aeroporto porque preciso largar a

farinheira.


Nesse momento, senti o cagalhão a beliscar as minhas cuecas, mas pus a

força de vontade a trabalhar e segurei a onda. O autocarro nem tinha

começado a andar quando para meu desespero, uma voz disse pelo altifalante:


- Senhoras e senhores, devido ao muito trânsito, a nossa viagem até ao

aeroporto levará cerca de 1 hora.


Aí o cagalhão ficou maluco e tentou sair a qualquer custo! Fiz um esforço

hercúleo para segurar o comboio de merda. Suava em bica. O meu amigo

percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para gozar comigo. O alívio

provisório veio em forma de bolhas estomacais indicando que, pelo menos por

enquanto, as coisas tinham-se acomodado por ali. Tentava-me distrair vendo a

paisagem mas só conseguia pensar numa casa de banho com uma sanita, tão

branca e tão limpa que daria para almoçar nela! E o papel higiénico então:

era branco e macio e com textura e perfume e... Oops!

Senti um volume almofadado entre o meu traseiro e o assento do autocarro e

percebi consternado que havia cagado.


Um cocó sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor.

Daqueles que dá vontade de ligar para os amigos e parentes e convidá-los a

apreciar, na sanita, tão perfeita obra! Daria até para a expor no CCB! Mas,

sem dúvida, não neste caso. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de

solidariedade, e confessei-lhe de modo muito sério:

- Olha, caguei-me.


Quando o meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a

ficar no centro da cidade, onde o autocarro faria escala a meio da viagem,

e que me limpasse em algum lugar. Mas resolvi que ia seguir viagem, pois

agora estava tudo sob controlo.


Que se lixe, limpo-me no aeroporto, - pensei - pior do que estou não fico.


Mal o autocarro entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os

olhos, segurei-me na cadeira, mas não pude evitar, e sem muita cerimónia ou

anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez como uma pasta morna.


Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e lambuzando o cu,

cuecas, barra da camisa, pernas, calças, meias e pés. Logo a seguir, mais

uma cólica anunciando mais merda, agora líquida, das que queimam o fofo do

freguês ao sair rumo à liberdade. E, no instante seguinte, um peido tipo

bufa, que eu nem tentei segurar... afinal de contas o que era um peidinho

para quem já estava todo cagado??


Já o peido seguinte foi do tipo que pesa e eu caguei-me pela quarta vez.


Lembrei-me de um amigo que, certa vez, estava com tanta caganeira que

resolveu pôr um penso higiénico nas cuecas, mas colocou-o com as linhas

adesivas viradas para cima e, quando quis tirá-lo, levou metade dos pêlos do

rabo junto. Mas, era tarde demais para tal artifício absorvente. Tinha

menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia ajudar-me a

limpar a sujeira.


Finalmente cheguei ao aeroporto e, saindo apressado com passos curtinhos,

supliquei ao meu amigo que apanhasse a minha mala na bagageira do autocarro

e a levasse aos sanitários do aeroporto para que eu pudesse trocar de

roupas. Corri para a casa de banho e entrando de porta em porta, constatei a

falta de papel higiénico em todas as cinco portas. Olhei

para cima e blasfemei:

- Agora chega, Pá!!


Entrei na última porta, mesmo sem papel, e tirei a roupa toda para analisar

a minha situação (que conclui como sendo o fundo do poço) e esperar pela

mala da salvação, com roupas limpinhas e cheirosas e com ela uma lufada de

dignidade no meu dia


Entretanto, o meu amigo entrou na casa de banho cheio de pressa... já tinha

feito o 'check - in' e disse-me que tinha que ir depressa avisar o voo para

esperarem por nós. Mandou por cima da porta o

cartão de embarque e a minha maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto

de minha parte.

Ele tinha-se enganado na mala que eu aguardava já tinha despachado a mala

com roupas. Na mala de mão só tinha um pulôver de lã com gola em bico. A

temperatura em Lisboa nesta altura era d aproximadamente 37 graus.

Desesperado, comecei a analisar quais das minhas roupas seriam, de algum

modo, aproveitáveis. As minhas cuecas, mandei-as para o lixo. A camisa era

história. As calças estavam deploráveis, assim como as minhas meias, que

mudaram de cor tingidas pela merda.


Aos meus sapatos dava-lhes nota 3, numa escala de 1 a 10. Teria que

improvisar.


A invenção é filha da necessidade, então transformei uma simples casa de

banho pública numa magnífica máquina de lavar.


Virei as calças do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte

atingida na água. Comecei a dar ao autoclismo até que o grosso da merda se

desprendeu. Estava pronto para embarcar.


Sai do banheiro e atravessei o aeroporto em direcção ao portão de embarque

trajando sapatos sem meias, calças vestidas do avesso e molhadas da cintura

até ao joelho (não exactamente limpas) e o pullover de gola em bico sem

camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde.


Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam à espera do rapaz que

estava na casa de banho e atravessei todo o corredor até ao meu assento ao

lado do meu amigo que sorria.


A hospedeira aproximou-se e perguntou-me se precisava de algo. Eu cheguei a

pensar em pedir uma gilette para cortar os pulsos ou 130 toalhinhas

perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa

transbordante, mas decidi não as pedir...e respondi-lhe com uma esforçada

cara angélica:


- Nada, obrigado... eu só queria mesmo era esquecer este dia!

  (Autor desconhecido... se fosse eu dizia)

7 comentários:

  1. quanta polivalencia!!
    em quatro doses conseguiu 3 tipos de produto... é obra!! ele é mesmo bom a obrar!

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    1. Pode se dizer que é um bom obreiro... por isso a nossa mão de obra ser tão famosa no estrangeiro...

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  2. Gostei da do "autor desconhecido".....


    Beijinho

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  3. Gosh, demais! Às vezes parece que nada corre mesmo bem xD

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